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A história de superação de quem enxerga de outra maneira

A história de superação de quem enxerga de outra maneira

A deficiência visual é lembrada hoje, 13 de dezembro, com o intuito de quebrar preconceitos e levantar discussões sobre as dificuldades em relação a ibilidade. É fundamental que todos percebam que os deficientes visuais podem realizar praticamente todas as atividades que uma pessoa sem esse problema realiza.

Estudar e trabalhar, por exemplo, não são empecilhos para uma pessoa cega, que, inclusive, deve ser encorajada e estimulada a realizar essas atividades. A fumacense Náthaly Campos, de 17 anos, nasceu prematura e o oxigênio da incubadora secou o líquido da retina. Os médicos demoraram para descobrir, e isso diminuiu muito as chances de sucesso em uma eventual cirurgia, como consequência, ela perdeu a visão.

Para superar os desafios a jovem conta com apoio total da família. “Eu tenho uma família maravilhosa que sempre esteve comigo para tudo que precisei, seja na escola, ou em qualquer outro meio”, ressalta Náthaly.

  • Farmácia do Trabalhador

Na escola, o apoio de professores e colegas também fizeram a diferença. “Todos sempre fizeram o máximo para me fornecer o melhor atendimento possível. Por um tempo eu fazia aulas de braille no contra turno, em Criciúma. Quando estudava em escola municipal, tinha direito a uma segunda professora que me auxiliava nas atividades, porém, na escola estadual deficientes visuais não tem esse direito. Mas, com a ajuda de professores e colegas consegui concluir o terceiro ano e farei a formatura no próximo sábado”, conta.

Náthaly ainda conta que a evolução das tecnologias tem ajudado muito. “Geralmente faço atividades oralmente, apesar de saber o braile, esse modo nunca foi o meu preferido. Mas, agora com a tecnologia tudo ficou mais fácil, posso pesquisar, fazer trabalhos e praticamente tudo que qualquer um pode fazer”.

Maior desafio é a mobilidade

O direito de o ao meio físico da cidade, sobretudo para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, está assegurado na Constituição Federal Brasileira, no entanto, o que se constata, é a existência de inúmeras barreiras físicas que impedem que essas pessoas usufruam desse direito fundamental.

Nas novas pavimentações das ruas é exigido que se façam os os incluindo piso tátil, contudo, em algumas situações postes e bueiros ficam no meio da agem e o piso tátil não é colocado corretamente. Em Morro da Fumaça é comum encontrar vias públicas, calçadas e os no comércio com falta de segurança para pessoas com deficiência visual.

Caminhando pelas ruas do bairro Naspolini onde a jovem mora, ela conta que está fazendo aulas de bengala e que sempre anda acompanhada. “São poucas as ruas que tem piso tátil e a falta de ibilidade é um obstáculo recorrente no dia a dia. Já pude perceber tampas de bueiro fora do nível da calçada, cestas de lixo, galhos de árvores e orelhões no alto onde podemos bater com a cabeça, sem falar que atravessar ruas é ainda mais complicado”, pontua.

“Gostaria de uma cidade mais ível, onde pudéssemos sair na rua e andar tranquilamente, sem precisar correr riscos desnecessários. Isso é direito de todo cidadão”, finaliza a jovem.

Angela Barbara Pereira

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